O aumento na demanda por previdência privada e o avanço do seguro garantia motivaram um leve aumento das projeções de crescimento do setor de seguros em 2024, de 11,5% para 11,8%, pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O percentual considera todo o setor, com exclusão de saúde e DPVAT.
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A maior renda das famílias, por exemplo, tem efeito no aumento da busca por previdência aberta, que deve ser o grande destaque do ano, com aumento de 15,9%, conforme as estimativas. Em junho, o esperado era um avanço menor, de 14,1%.
Outros ramos, no entanto, foram afetados negativamente por dinâmicas próprias de alguns setores, como o de automóveis. Ao fim de 2023, a CNseg previa um crescimento de 16,1% na arrecadação com seguros nesta linha. Em junho, reduziu a expectativa para um avanço de 7,2%. Agora, revisou novamente a projeção para 2,7%. A explicação, segundo Oliveira, são movimentos como o crescimento da participação de veículos elétricos, a queda dos preços dos veículos e o recuo do preço médio do próprio seguro.
No segmento patrimonial – que inclui desde seguros residenciais a grandes riscos – também houve uma redução das projeções de crescimento, de 16,6% em junho para 13,9% agora. Mesmo com a queda, o avanço no ano será “bastante forte”, diz Oliveira.
No habitacional, as estimativas de crescimento foram elevadas, em comparação ao que era previsto em junho, passando de 9,8% para 12,9%, devido ao aquecimento do mercado imobiliário. “O seguro habitacional é obrigatório no caso de financiamento do imóvel e o avanço acompanha o mercado”, afirmou Oliveira.
A projeção de avanço para seguros de riscos financeiros, que inclui o seguro garantia, foi mantida em 21%. “Esse é um setor com grande potencial de crescimento porque é mais competitivo que outras opções do mercado”, explicou o presidente da entidade.
A CNSeg atualizou também as expectativas de crescimento do PIB para 3% neste ano, acima da projeção anterior, de novembro de 2023, de 2,5%. A entidade projeta ainda a Selic a 11,75%, o IPCA com variação de 4,11% e o dólar a R$ 5,33. No fim de 2023, o esperado era Selic a 9%, variação de 3,86% no IPCA e dólar a R$ 5,04 em 2024.