A China está considerando hospedar turistas na estação espacial Tiangong, bem como permitir visitas de astronautas estrangeiros, procurando demonstrar transparência num programa espacial com fortes laços com o Exército de Libertação Popular da China (ELP).
O presidente chinês, Xi Jinping, pressionou militares e técnicos a concluir a estação Tiangong em 2022, como parte da transformação do país numa potência espacial. Os astronautas do país geralmente são ex-pilotos da Força Aérea.
Tiangong geralmente tem três astronautas a bordo. A missão Shenzhou-18, que será lançada na quinta-feira, trará três novos tripulantes para substituir aqueles que estiveram a bordo do Tiangong nos últimos seis meses.
Todos os três novos astronautas nasceram na década de 1980, mostrando que a agência espacial pretende rejuvenescer a sua força de trabalho. A nova missão incluirá projetos de pesquisa relacionados à criação de peixes e células vegetais.
No que diz respeito aos militares da China, foi revelado em julho passado que dois membros importantes da Força de Foguetes do ELP foram substituídos ao mesmo tempo, num movimento raro.
No final de 2023, três executivos de empresas afiliadas aos militares, incluindo o chefe da empresa de desenvolvimento espacial China Aerospace Science and Technology, viram as suas qualificações como membros de um órgão consultivo político do Partido Comunista revogadas.