A ministra Cármen Lúcia toma posse, nesta segunda-feira (3), como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma cerimônia que deve seguir os protocolos e marcar a volta à normalidade institucional. Em sua segunda passagem pelo comando da Justiça Eleitoral, seu principal desafio vai ser comandar as eleições municipais de outubro. A cerimônia está prevista para começar às 19h e será transmitida ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do TSE no YouTube.
Ao todo, 300 pessoas foram convidadas. Está confirmada a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos representantes da cúpula do Congresso, além do presidente o Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e outros ministros da Corte.
A solenidade vai ser aberta pelo atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Em seguida, haverá a execução do hino nacional, para então a nova presidente ler o termo de posse. O mesmo ato será feito pelo ministro Kassio Nunes Marques, que assumirá a vice-presidência da corte eleitoral.
Caberá ao ministro Raul Araújo, atual corregedor-geral da Justiça Eleitoral, realizar o discurso em nome do TSE. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, falará pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, representará a categoria.
A última a discursar será Cármen Lúcia, já empossada como presidente. Após a fala da ministra, a cerimônia será encerrada e haverá a tradicional fila de cumprimentos.
Em agosto de 2022, quando Moraes tomou posse como presidente do TSE, o Brasil estava às vésperas das eleições presidenciais, em um ambiente conflagrado que culminaria nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A cerimônia foi marcada por momentos de tensão com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou frente a frente de Lula, seu principal adversário que liderava as pesquisas e venceu a disputa.
A solenidade foi uma das mais prestigiadas da história de Brasília e reuniu mais de 2 mil pessoas. Estiveram presentes diversas autoridades, entre eles quatro ex-presidentes da República, em uma demonstração de apoio à Justiça Eleitoral. Naquele momento, a segurança das urnas e a lisura do pleito eram questionadas por apoiadores de Bolsonaro, incluindo integrantes das Forças Armadas.