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Canadá reage a ofensas racistas após jogo contra Argentina | Empresas

Redação
por Redação

A Federação Canadense de Futebol, Canada Soccer, comunicou que está ciente e “profundamente perturbada” pelos comentários racistas que foram feitos a um dos jogadores da seleção canadense, após o jogo de abertura da Copa América 2024, na quinta-feira (20). O Canadá não revelou o nome, mas segundo o “The Athletic” , os comentários foram direcionados para o zagueiro do time, Moise Bombito.

De acordo com o site, os comentários vieram após uma entrada dura que Bombito deu no craque argentino, Lionel Messi, que chegou a ficar alguns minutos caído no chão, mas logo voltou para o jogo. A partida terminou com Argentina ganhando de 2 a 0 contra o Canadá.

A nota da federação destaca que o time está em contato com a Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadores do evento, para que todas as medidas sejam tomadas.

A Concacaf e a Conmebol ainda não fizeram nenhum pronunciamento sobre o assunto. O Valor entrou em contato com as organizações mas, até o momento, não obteve resposta. O espaço segue aberto.

Após o ocorrido, Bombito publicou em seu Instagram fotos da partida e afirmou que não há espaço para comentários. “Meu lindo Canadá. Não há espaço para besteiras”, escreveu. O zagueiro, inclusive, tem uma foto jogando com Messi fixada em seu perfil. Bombito joga pelo Colorado Rapids, time americano da cidade de Commerce City, no estado do Colorado.

Segundo o “The Athletic”, essa não é a primeira vez que os torcedores argentinos fazem comentários racistas contra o time adversário. Em 2022, após a final da Copa do Mundo, o trio francês Aurelien Tchouameni, Kingsley Coman e Randal Kolo Muani passou por situação similar à de Bombito, quando a Argentina venceu a França nos pênaltis.

Em 2023, o jogador Vinicius Junior passou por um episódio similar. O jogo entre Valencia e Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol, chegou a ser interrompido após parte da torcida chamar o brasileiro de “mono” (macaco, em espanhol).

Um ano depois, a justiça espanhola condenou três torcedores do time adversário a oito meses de prisão. Além disso, eles foram proibidos de entrar em qualquer estádio de futebol por dois anos.

Em seu “X, antigo Twitter, o brasileiro afirmou que muitos pediram para que ele ignorasse e que deveria “apenas jogar futebol”, mas que ele afirmou que “estará ali para cobrar a liga espanhola”.

“Como sempre disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por todos os pretos. Que os outros racistas tenham medo, vergonha e se escondam nas sombras”, escreveu.

Fonte: Externa

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