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Brasil tinha 160,4 mil moradores em domicílios improvisados em 2022, mostra IBGE | Brasil

Redação
por Redação

O Brasil tinha, em 2022, 160,4 mil moradores de domicílios particulares improvisados, o que significou uma queda de 43,2% na comparação com os 282,6 mil registrados em 2010. Os dados constam Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE não considera improvisados os domicílios em favelas, localizados nos fundos ou em cima de estabelecimentos comerciais, e em terrenos particulares construídos de madeira ou taipa. “O Censo não investiga a propriedade do terreno, não investiga a proprietária fundiária, a não ser quando é logradouro público”, diz o analista do IBGE Bruno Perez, responsável pelo estudo.

O tipo de domicílio improvisado que apresentou o maior número de moradores foi a categoria “Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido”, com 57 mil moradores em 2022, representando 35,3% dos moradores de domicílios improvisados e apenas 0,03% da população brasileira. Em segundo lugar, aparecem os domicílios do tipo “Dentro de estabelecimento em funcionamento”, com 43 mil moradores.

Os domicílios do tipo “Estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada” possuíam 17 mil moradores, enquanto os domicílios do tipo “Estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca” possuíam 15 mil, e os domicílios do tipo “Veículos”, 2 mil moradores. A categoria “Outros domicílios improvisados”, reunindo todos os domicílios improvisados que não se enquadravam nas demais categorias, registrou 27 mil moradores.

São Paulo lidera em moradias improvisadas

Em relação à distribuição geográfica, o Estado de São Paulo foi o que apresentou o maior número de moradores para todos os tipos de domicílios improvisados, com a exceção dos veículos, para qual a liderança coube ao Estado do Amazonas.

Segundo o IBGE, a concentração em São Paulo foi especialmente expressiva na categoria “Estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca” e “Estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada”: o Estado registrou 7 mil moradores em cada uma dessas categorias, correspondendo respectivamente a 46,5% e 40,3% dos totais nacionais de moradores nesses tipos de domicílio improvisado.

A pesquisa também mostrou uma concentração dos moradores de domicílios improvisados do tipo “Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido” na Região Centro-Oeste: embora essa seja a região menos populosa do país, reunindo apenas 8,0% dos moradores, ela concentrava 18,1% dos moradores de tendas e barracas.

Em relação ao perfil demográfico dos moradores, todos os tipos de domicílios improvisados apresentaram predominância masculina, com a proporção de homens entre os moradores variando entre 54,3%, nos domicílios do tipo “Estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca” e 61,7% nos veículos.

Enquanto as crianças de 0 a 9 anos representavam em 2022 13,0% da população brasileira, esse grupo de idade representava 18,8% dos moradores em tendas ou barracas, 20,5% dos moradores em estruturas improvisadas em logradouro público, 19,6% dos moradores em estruturas não residencial degradada ou inacabada e 19,8% dos moradores em outros tipos de domicílios improvisados.

— Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Fonte: Externa

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