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Braga Netto entregou dinheiro para tentativa de golpe e buscou obter informações de delação, diz decisão de Moraes | Política

Redação
por Redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão do general Braga Netto neste sábado (14) por ter alocado recursos para a tentativa do golpe de estado e por tentar obstruir a investigação ao buscar obter informações da delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.

O novo depoimento de Mauro Cid, no dia 21 de novembro, foi essencial para o pedido de prisão. Cid contou que o general foi quem obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução do plano para a tentativa de golpe, que incluía a morte e sequestro do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Cid, “o general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.

No dia 21 de novembro, após o novo depoimento, Moraes manteve a delação e afirmou a interlocutores que a conversa com Cid “foi muito boa”.

Braga Netto já estava na mira da investigação e havia dúvidas porque ele ainda não tinha sido preso mesmo com as informações da Polícia Federal de que a reunião que planejou o golpe ocorreu em seu apartamento, em Brasília.

Moraes também justificou a prisão de Braga Netto por tentar obstruir o trabalho da Justiça para atrapalhar as investigações.

A tentativa de conseguir informações da delação em contato com o pai de Cid, Mauro César Lourena Cid, como indicou a perícia realizada em celular apreendido. De acordo com o documento, isso ficou demonstrado com “intensa troca de mensagens” entre Mauro César e Braga Netto.

Para Moraes, “há diversos elementos de prova” que evidenciam que o general da reserva “atuou, dolosamente, para impedir a total elucidação dos fatos, notadamente por meio de atuação concreta para a obtenção de dados fornecidos pelo colaborador Mauro César Barbosa Cid”, em sua colaboração premiada. Para o magistrado, houve o interesse de “controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”.

Braga Netto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fonte: Externa

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