O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, disse há pouco que o banco deve chegar até o final de janeiro com 45 mil ou 50 mil clientes no novo segmento de alta renda, o Principal, lançado hoje pelo banco. A nova proposta começa pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas e será gradativamente expandida, explicou Noronha.
Ganhar participação de mercado na alta renda a partir do lançamento de um novo segmento de clientes e da oferta de uma nova proposta de valor faz parte do plano estratégico de Noronha para o Bradesco.
Durante a apresentação dos resultados para o terceiro trimestre, Noronha comentou que o crédito total talvez não cresça 10% ou 15% no ano que vem, como neste ano, mas que ainda terá uma alta robusta. Em relação aos resultados do banco, o executivo disse esperar um lucro “um pouco maior do que está contabilizado” no “guidance” (projeções) divulgado para o ano. O banco não divulga sua previsão para o lucro.
Noronha afirmou que a instituição continuará fazendo “ajuste no ‘footprint’” no ano que vem, ou seja, reduzindo os pontos de atendimento. Ele comentou ainda que o banco está relançando alta renda para ganhar participação de mercado, revisando toda a proposta de valor.
Noronha comentou também que, com o atual patamar do teto de juros, o consignado do INSS está com margem 30% menor. “O consignado INSS produzido fora dos canais internos está com viabilidade econômica comprometida”, disse.
De forma geral, ele comentou que o feito da margem financeira do banco obedece ao critério de mix, com retorno ajustado ao risco (RAR) maior.
Em relação à dinâmica das despesas com pessoal, Noronha disse que o banco tem reduzido o seu corpo funcional, mas está crescendo em contratações de profissionais da área de tecnologia com mais senioridade e, portanto, maior custo.
Ele destacou que, desconsiderando aumento da participação na Cielo, as despesas de pessoal e administrativas teriam crescido 0,6% no trimestre e 4,9% em 12 meses.