Nos últimos dias de negociações do ano, o dólar no exterior recua e as taxas de Treasuries avançam, em sessões de baixa liquidez e sem indicadores econômicos relevantes nos Estados Unidos. Em Wall Street, as bolsas de Nova York têm queda firme, mas estão a caminho de ganhos anuais robustos.
Já o rendimento da T-Note de 10 anos subia a 4,594%, de 4,589% no fechamento anterior, perto do nível de 4,6%, na medida em que os investidores de dívida expressaram preocupações sobre o aumento da inflação e déficits governamentais.
O aumento dos rendimentos de Treasuries contrastava com a queda no mercado de ações, com as empresas de tecnologia apresentando as perdas mais expressivas. O índice Dow Jones recuava 0,90%, a 42.908,03 pontos; o S&P 500 recuava 1,42%, a 5.952,08 pontos e o Nasdaq tinha queda de 2,02%, 19.618,81 pontos.
As ações, porém, estão a caminho de fechar o ano com avanços firmes, com alta de cerca de 15% no Dow Jones, de 27% no S&P 500 e de 33% no Nasdaq Composto até ontem, mesmo após o Federal Reserve (Fed) ter cortado juros menos do que o esperado neste ano.
Na Europa, as ações retomaram as negociações após o feriado de Natal, e o índice Stoxx 600 subia 0,55% a 506,55 pontos. Os desafios que o recém-formado governo francês enfrenta para lidar com o crescente déficit orçamentário seguem no radar dos investidores.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam sem direção comum, após dados da China mostraram que os lucros industriais na segunda maior economia do mundo se contraíram pelo quarto mês consecutivo em novembro. Na Coreia do Sul, as ações caíram mais de 1% em Seul em meio à crise política no país.
“A crise política da Coreia do Sul se aprofundou hoje depois que o parlamento votou pelo impeachment do presidente em exercício, Han Duck-soo, apenas duas semanas após o próprio presidente Yoon Suk Yeol ter sido afastado após sua chocante declaração de lei marcial”, diz o economista da Capital Economics, Gareth Leather.