O bitcoin (BTC) acelerou ainda mais os ganhos nesta segunda-feira (11) e chegou a US$ 88 mil, renovando mais uma vez sua máxima histórica. Desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, a maior das criptomoedas tem alcançado máxima atrás de máxima sem sequer parar para uma realização de ganhos.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) sobe 7,7% a US$ 221,42 e o BNB (token da Binance Smart Chain) tem alta de 3,8% a US$ 645,10.
Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, na sexta (8) foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 293,4 milhões. O principal responsável pelos números positivos foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 206,1 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas. Entre os ETFs de ether, o fluxo foi positivo em US$ 85,9 milhões. Quem impulsionou a entrada de capital foi o ETHA, da BlackRock, com US$ 59,8 milhões.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o salto que as criptomoedas realizaram é simbólico, pois não só o BTC chegou ao valor de R$ 500 mil por unidade, como também o setor como um todo se consolidou como instrumento financeiro para diversificação de carteiras. “Na última semana, vimos, pela primeira vez na história, o bitcoin ganhando interesse político e sendo ponto de decisão para muitos eleitores norte-americanos. Ao mesmo tempo, a entrada de big players, como a BlackRock no início deste ano, promoveu o selo de confiança que muitos aguardavam”, afirma.
Em janeiro, a primeira “bull run” das criptomoedas do ano ocorreu após serem aprovados fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista nas bolsas americanas, sendo o maior deles aquele que é gerido pela BlackRock. Os instrumentos se tornaram uma porta de entrada inédita para os investidores institucionais americanos no mercado das criptomoedas.
Paulo Boghosian, diretor executivo do TC Pandhora, lembra que a disparada recente vem depois do bitcoin passar muito tempo lateralizado em uma faixa de preços entre US$ 60 mil e US$ 70 mil. “Quanto mais tempo um ativo passa em fase de acumulação, mais intensos tendem a ser os rompimentos, como vimos na semana passada”, aponta. Boghosian aponta que no último ciclo de alta o bitcoin teve quatro semanas consecutivas de alta e que o cenário atual pode ser considerado uma “tempestade perfeita” positiva.