O bitcoin (BTC) opera em queda nesta segunda-feira (29), a quarta baixa diária consecutiva, e chega a seu menor valor desde 14 de abril, quando operou a US$ 62.174 na mínima intradiária. O principal driver de preço das criptomoedas a ser observado esta semana é a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos na quarta (1º de maio) e as sinalizações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, após a divulgação do comunicado.
Perto das 9h23 (horário de Brasília) o bitcoin tem queda de 1,8% em 24 horas, cotado a US$ 62.299 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, recua 3,6% a US$ 3.164, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,43 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta desvalorização de 2,1% a R$ 320.251, enquanto o ether registra perdas de 4,07% a R$ 16.259, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) cai 4,4% a US$ 135,03, o BNB (token da Binance Smart Chain) tem baixa de 2,4% a US$ 586,60 e a avalanche (AVAX) recua 3,2% a US$ 33,30.
Em relação ao Fomc, Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que por mais que o mercado já tenha precificado a manutenção dos juros dos EUA no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano, os investidores ainda assim ficarão ansiosos por saber o que o chairman do Fed terá a dizer sobre a trajetória das taxas em 2024. “Afinal, há uma expectativa ainda de que três cortes aconteçam este ano”, lembra Fernandes.
Analistas da corretora Bernstein escreveram em relatório que não estão preocupados com a desaceleração nos fluxos de capital para os ETFs de bitcoin, esperando que seja apenas uma “pausa de curto prazo” antes da criptomoeda continuar sua “bull run” até os US$ 150 mil por unidade, segundo o site “The Block”. “Não esperamos que a desaceleração dos ETFs de bitcoin seja uma tendência preocupante, mas acreditamos que seja uma pausa de curto prazo antes que os ETFs se tornem mais integrados com plataformas de bancos privados, consultores patrimoniais e ainda mais plataformas de corretagem”, diz o relatório da Bernstein.
Do lado das notícias cripto, André Franco, head de análise do MB, aponta que o banco mais antigo dos EUA, o Bank of New York Mellon, investe em dois dos ETFs de bitcoin que começaram a operar no país em janeiro. A informação consta nos arquivos da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e mostra que o BNY Mellon adquiriu participações nos fundos da BlackRock e da Grayscale. “Este movimento vinha no vácuo já há algum tempo, desde 2022, quando o BNY Mellon expandiu seu portfólio de serviços com custódia de criptomoedas. Apesar de estar indo a passos bem lentos, vemos mais uma instituição americana de renome cada vez mais abraçando bitcoin e fazendo testes pontuais de como tirar proveito do negócio”, avalia.