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BC caminha para aumentar transparência, mas sem gerar ruído, diz Campos Neto | Finanças

Redação
por Redação

O Banco Central tenta caminhar no sentido de aumentar transparência, mas não a ponto de gerar ruídos, disse hoje Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária.

“Quero aumentar a transparência, mas preciso fazer com uma condição que é não gerar mais ruído”, disse.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Andressa Anholete/Bloomberg

Ele observou ser esse o motivo de, às vezes, o BC esperar algum dado ou estudo estar mais maduro para publicar. “A pergunta é: por que não publica tudo de forma transparente de uma vez só? O histórico mostra que isso pode gerar ruído”, afirmou.

Campos Neto comentou também sobre produtividade no Brasil e que o BC discute, por exemplo, o que significam mudanças trazidas no pós-pandemia.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) diz que “não há evidência de aumento significativo de produtividade”.

Segundo o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, a ideia, ao abordar o tema, é pensar se houve aumento de produtividade que justificasse o crescimento de salário real observada.

“É importante entender a produtividade nesse contexto de ter aumento do salário real, de crescimento da economia, do PIB potencial”, complementou Campos Neto.

Em outro momento, o presidente do BC chegou a mencionar que o PIB potencial do Brasil deve ser “alguma coisa entre 2% e 2,5%”. Ele observou que alguns agentes têm revisado para cima, mas que não deve haver muita divergência em relação a isso.

“Uma coisa é clara, a produtividade da agricultura subiu no Brasil e tem subido”, afirmou Campos Neto. “Parece que alguns serviços têm mais tecnologia do que tinham antes da pandemia e também têm alguma produtividade”, acrescentou.

De forma geral, no entanto, o que se vê é “serviços melhorando e o resto negativo”, disse Campos Neto.

Campos Neto afirmou também que o comitê discutiu bastante a questão das bandeiras tarifárias de energia. Segundo Guillen, a bandeira é neutra para o horizonte relevante da política monetária.

“A bandeira não me preocupa como problema de comunicação”, afirmou Guillen. “Não sei se a gente colocou todo o caminho de bandeira, mas, se surgiu essa discussão, a gente pode ser bem transparente com relação a bandeiras.”

Ele considera “bom” a bandeira ser neutra no horizonte relevante “para não levar a discussão de inflação cheia em função da bandeira, que tem incerteza muito grande”.

Fonte: Externa

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