Em resposta aos incêndios em boa parte do Brasil, o presidente Lula anunciou a criação de uma autoridade climática. Especialistas e membros do governo federal apressaram-se em afirmar que, para alcançar sucesso, o órgão precisa ter perfil técnico e gozar de autonomia em relação à esfera política. Corroborando esse discurso tecnocrático, o próprio presidente afirmou que o órgão contará com um comitê técnico-científico. São legítimas as preocupações com a qualidade técnica e com a governança de um órgão que cuidará de temas tão sensíveis para as presentes e futuras gerações. Mas a busca por uma atuação baseada na ciência e livre de influências externas não pode significar que os cidadãos estarão alijados das decisões que afetam suas vidas.
Autoridade climática e governança regulatória | Legislação
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