O leilão do Piauí foi remarcado para 30 de outubro. A disputa por esse contrato foi cancelada há cerca de três semanas por falta de interessados. Depois disso, o projeto passou por reformulação para conseguir atrair o setor privado.
A principal mudança foi o parcelamento do pagamento da outorga inicial, de R$ 1 bilhão — na versão anterior, o valor teria que ser desembolsado de uma vez e antes da assinatura do contrato, e agora o pagamento será diluído. Porém, trata-se de um projeto que ainda é considerado desafiador pelo setor privado.
Já na carteira do BNDES, que foi responsável por modelar a concessão de Sergipe, os próximos leilões deverão ser de Pará, Pernambuco e Rondônia, segundo Luciene Machado, superintendente da Área de Soluções para Cidades do BNDES.
Ela afirma que o projeto no Pará é o mais adiantado, e que o governo do Estado quer que o leilão seja realizado em 2024, mas não há confirmação sobre essa data. “O governador nos colocou que gostaria da consulta pública em setembro. É, de fato, o próximo”, afirmou Machado, após o leilão.
No caso do Pará, a expectativa é que o Estado seja dividido em quatro blocos, segundo ela. No mercado, a percepção é que os projetos tendem a ser desafiadores.
“O projeto aqui [da concessão de Sergipe, licitada nesta quarta] é de um Estado pequeno, concentrado, com infraestruturas compartilhadas, o que explica, em parte, o ágio elevado; há uma economia de escala provavelmente bastante explorada, tem um bom abastecimento de água. No Pará, a realidade é diferente. São municípios muito separados, infraestrutura ainda muito atrás em termos de investimentos”, disse ela.
Machado afirma que os estudos para concessões de saneamento em Pernambuco também estão maduros, mas que ainda falta “um passo” para que a consulta pública seja lançada. A iniciativa em Rondônia também está avançada, diz ela. “Depois de Sergipe, esses três [Pará, Pernambuco e Rondônia] estão próximos um do outro.”
