Após realizar novos exames neste domingo (3), o Valor apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi liberado para fazer viagens curtas de avião. Após um acidente doméstico em que bateu a cabeça no dia 19 de outubro, o petista estava impedido de usar aeronaves para cumprir agendas políticas, o que poderia dificultar sua participação na cúpula do G20, que será no Rio, entre os dias 18 e 20 de novembro.
A partir de agora, a orientação da equipe médica é que o presidente deve manter suas atividades habituais, mas está liberado para pequenos trechos de viagens de avião.
Apesar disso, o Valor apurou que o presidente deve evitar sair de Brasília pelo menos até a semana que vem, quando ele fará nova ressonância magnética.
Na prática, ainda que tenha sido liberado para curtas viagens, Lula deve poupar esforços para não ter intercorrências até o encontro dos líderes do G20 maiores economias do mundo, que é presidido pelo Brasil neste ano.
Por outro lado, o presidente decidiu que não irá mais ao Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru, que será realizado a partir de 28 de novembro.
Lula passou por uma nova avaliação neste domingo no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Segundo o boletim divulgado após os exames de imagem, o presidente “permanece sem sintomas e o exame apresenta estabilidade em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais”.
O comunicado disse ainda que presidente passará por uma nova avaliação em uma semana, “com a continuidade apenas do acompanhamento clínico”.
Lula teve um quadro de traumatismo craniano seguido de uma pequena hemorragia cerebral. Após o acidente, ele precisou levar cinco pontos na cabeça.
Por recomendação da equipe médica, ele cancelou a ida a três compromissos internacionais: a cúpula dos Brics, na Rússia; a participação na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), na Colômbia; e, por último, a viagem para o Azerbaijão, onde acontecerá a 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP29.
