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Anderson Torres cogita acareação com ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica sobre trama golpista | Política

Redação
por Redação

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou, em nota, nesta sexta-feira (15), que cogita pedir uma acareação entre ele e os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes, do Exército, e Carlos de Almeida Baptista Junior, da Aeronáutica. Em depoimentos à PF, os ex-comandantes apontaram Torres como responsável por dar apoio jurídico às minutas do golpe que teriam sido arquitetadas com aval de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

No texto, Torres reafirma “não ter participado de qualquer reunião com o ex-presidente Bolsonaro e os comandantes militares da época para tratar de quaisquer medidas antidemocráticas”.

“O ex-ministro da Justiça, citado de modo genérico e vago por duas testemunhas, esclarece que houve grave equívoco nos depoimentos prestados. Nesse sentido, vai requerer nova oitiva e eventual acareação”, afirma o texto.

Contrariando as declarações de Torres, o ex-comandante do Exército disse, em seu depoimento, que o ex-ministro da Justiça era responsável por dar suporte jurídico ao então presidente Jair Bolsonaro nas discussões das minutas do golpe.

À PF, Torres negou ter tratado de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, Garantia de Lei e da Ordem (GLO), estado de sítio, estado de defesa ou intervenção militar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Ele também disse desconhecer a minuta do golpe, que classificou como um texto ‘mal redigido’ e uma ‘aberração jurídica’.

Embora uma versão da minuta tenha sido apreendida em sua casa, ano passado, Torres afirmou desconhecer o texto apresentado com este fim no dia 7 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada.

Na oitiva, o ex-ministro respondeu que não ratifica as palavras do então presidente Jair Bolsonaro de que haveria fraude nas urnas eletrônicas e consequentemente nas eleições presidenciais de 2022. Ele disse, ainda, que “nunca questionou a lisura do sistema eleitoral brasileiro”.

Indagado sobre o motivo de ter anuído a narrativa de fraudes nas eleições de 2022 durante reunião ministerial em julho daquele ano, cujo conteúdo foi parcialmente gravado, Torres negou ter apoiado as declarações.

De acordo com ele, “suas declarações foram somente no sentido de que, cada um dos Ministros ali presentes deveriam atuar no âmbito de suas pastas para que todas as ações ministeriais fossem levadas ao conhecimento da população, potencializando a chance de vitória nas eleições”.

“Em nenhum momento anuiu com a fala do ex-presidente ou solicitou que eles difundissem ou propagassem informações a respeito de fraude no sistema eletrônico de votação”, declarou.

Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres presta depoimento à CPMI do 8 de janeiro — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Fonte: Externa

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