As autoridades da Alemanha emitiram um mandado de prisão para um homem ucraniano sob suspeita de fazer parte de uma equipe que explodiu os gasodutos Nord Stream no Mar Báltico há quase dois anos.
Segundo a mídia alemã, o procurador-geral da Alemanha, que tem investigado o caso mesmo após Dinamarca e Suécia terem encerrado suas respectivas investigações, pediu inicialmente à Polônia para prender o homem, mas acredita-se que ele tenha se escondido e se mudado para a Ucrânia em julho antes de ser preso.
A identificação do suposto autor marca um avanço na longa investigação sobre um dos maiores atos de sabotagem da história recente da Europa, em 26 de setembro de 2022, sete meses após o início da invasão russa na Ucrânia.
O homem seria um instrutor de mergulho que mergulhou 80 metros no fundo do mar à noite para plantar dispositivos explosivos nos oleodutos que ligavam a Rússia à Alemanha, em setembro de 2022.
As explosões submarinas perto da ilha dinamarquesa de Bornholm, romperam o gasoduto que, antes da invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou, transportava 40% das exportações de gás da Rússia para a Europa, desencadeando uma série de acusações mútuas pela destruição dos gasodutos.
Os jornais alemães também citaram outro homem e uma mulher – que também são instrutores de mergulho ucranianos – como supostos envolvidos no ataque, embora nenhum outro mandado de prisão tenha sido emitido pelas autoridades.
Volodymyr Z foi identificado após o Citroën branco registrado na Ucrânia que ele dirigia em Rügen ter sido flagrado por uma câmera policial por excesso de velocidade, que capturou a imagem de seu rosto em 8 de setembro de 2022.
Apesar das evidências de que Volodymyr Z pode ter contado com o apoio de altos oficiais militares, não há sugestão de que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estivesse ciente do ataque ou que ele tenha sido sancionado pelo estado, segundo a emissora alemã “ARD”.