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Acre decreta situação de emergência em saúde pública após registrar mais de 4 mil casos de dengue | Brasil

Redação
por Redação

O governo do Acre decretou, nesta quinta-feira (9), situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de dengue.

Ao todo, o Acre contabiliza 6.346 casos prováveis da doença. O número é 19,3% maior que o registrado no mesmo período de 2024, com a confirmação de um óbito. No dia 8 de dezembro, o menino Felipe Mota, de 9 anos, morreu com suspeita de dengue grave em Cruzeiro do Sul, no interior do Estado.

O número de casos de chikungunya apresentou um crescimento ainda mais acentuado, de 411,9%, passando de 59 para 302 casos prováveis. O zika vírus, por sua vez, teve um aumento de 49,5%, somando 173 casos prováveis.

O decreto busca mobilizar recursos financeiros e apoio federal para fortalecer a infraestrutura e garantir atendimento à população. A medida tem duração de 90 dias e inclui treinamento de equipes e distribuição de insumos necessários para o controle do mosquito transmissor Aedes aegypti, especialmente em áreas críticas.

O secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, explicou que a decisão foi tomada em virtude da crescente demanda nas unidades hospitalares e da previsão de um pico de casos nas próximas semanas.

De acordo com Pascoal, dos pacientes diagnosticados com a doença, 24 evoluíram com sinais de alarme e precisaram de hospitalização.

“Atualmente, 11 municípios estão em situação de risco por causa da doença, com mais de 4 mil casos confirmados, dos quais 24 necessitaram de intervenção hospitalar. Infelizmente, tivemos um óbito no final do ano, uma criança de 9 anos em Cruzeiro do Sul, e outros dois óbitos estão em investigação”, disse o secretário.

Das 11 cidades, as mais afetadas são Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia, que concentram o maior número de notificações.

Na capital Rio Branco, a prefeitura informou que um plano de contingência foi elaborado e que o combate à dengue conta com a participação de diversos órgãos.

Desde dezembro, a cidade passou a realizar um mutirão de limpeza contra focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, para reforçar a mobilização contra a doença durante o inverno.

Outro fator de atenção é o possível ressurgimento do tipo 3 do vírus da dengue, que não circulava no Brasil há 17 anos e voltou a circular no país. De acordo com o Ministério da Saúde, foi detectado em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Não foram detectados casos no Acre, mas a Secretaria Estadual de Saúde afirma que pretende agir de forma preventiva para impedir a circulação.

As autoridades enfatizam a necessidade de colaboração da população para evitar a proliferação do mosquito, eliminando recipientes que possam acumular água, além de receber os agentes dos órgãos de vigilância sanitária que atuam nas residências para controlar a reprodução do Aedes aegypti.

A orientação é procurar atendimento médico ao perceber sintomas das arboviroses. A Secretaria de Saúde do Acre recomenda que a população deve priorizar as unidades de referência de atenção primária, unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento para casos de sintomas leves e moderados, reservando o Pronto-Socorro de Rio Branco para situações graves.

Outra medida preventiva em curso no Acre é a vacinação contra a dengue. O Estado ainda possui estoque da vacina Qdenga, indicada para adolescentes de 10 a 14 anos. Os jovens dessa faixa etária podem se dirigir aos postos de vacinação para se imunizar, contribuindo para reduzir o impacto da doença na população.

Fonte: Externa

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