Os acionistas do Banco do Brasil (BB) aprovaram, em assembleia realizada nesta sexta-feira, aumento de 4,62% no salário da presidente do banco, Tarciana Medeiros. Assim, ficou rejeitada proposta anterior de reajuste de 56,7%, que levaria a remuneração da executiva dos atuais R$ 74,97 mil mensais para R$ 117,47 mil. O reajuste de 4,62% vale também para cargos como de vice-presidentes e diretores.
Na votação sobre a remuneração do ano passado, a administração do banco havia proposto um montante global de R$ 94,18 milhões, mas a proposta vencedora foi a da União (que é o acionista controlador), de R$ 74,29 milhões. A ata da reunião deste ano ainda será divulgada.
A proposta original do banco para 2024 se baseava no argumento de que os valores ficaram congelados de 2016 a 2022 e de que o aumento visava reequilibrar os salários internos e “preservar a diretriz da justa remuneração dos administradores estatutários”. Mesmo com o reajuste de 57%, Medeiros continuaria recebendo muito menos que os CEOs de bancos privados – que ganham entre R$ 2,2 milhões e R$ 6 milhões por mês entre salário fixo e remuneração variável.
A remuneração mensal individual dos membros do comitê de pessoas, remuneração e elegibilidade foi fixada em 20% da remuneração mensal individual do cargo de diretor, excluídos os benefícios que não sejam honorários.
Pela organização do BB, a proposta de remuneração é feita pelo comitê de pessoas, remuneração e elegibilidade do banco e passa pelo conselho de administração antes de seguir para apreciação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Gestão e deliberação pela assembleia.