A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) reportou lucro líquido de R$ 368,3 milhões no terceiro trimestre do ano, resultado 15,8% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2023. Excluindo o efeito não recorrente de uma reversão de provisão de R$ 155,1 milhões, que afetou o resultado do terceiro trimestre do ano passado, o lucro teria crescido 9,3%.
A receita líquida no mesmo intervalo teve avanço de 9,6%, para R$ 1,78 bilhão.
A receita bruta com água aumentou 10,5% no período, para R$ 1,3 bilhão. A receita bruta com esgoto, por sua vez, avançou 7,9%, para R$ 659,7 milhões. E a receita com resíduos sólidos aumentou 2,2%, para R$ 1,3 milhão. O aumento na receita deveu-se ao reajuste tarifário de 4,21% aplicado em janeiro deste ano, ao aumento de 3,5% no volume medido de água e de 3,6% no volume medido de esgoto. Também contribuiu para o resultado a migração de economias da categoria social para residencial.
Os custos e despesas totalizaram R$ 1,01 bilhão, 6,4% acima do terceiro trimestre de 2023. A companhia destacou a redução de 1,8% nas despesas com pessoal, para R$ 401,4 milhões, resultado de reajustes salariais fruto do acordo coletivo de trabalho, atenuados pela redução em 1,3% no número de empregados.
A dívida líquida da empresa encerrou setembro em R$ 5,15 bilhões, contra R$ 3,44 bilhões no ano anterior. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ficou em 1,8 vez.
O volume de investimentos da Copasa no acumulado de janeiro a setembro somou R$ 1,56 bilhão, 30,7% acima do total aportado em igual período de 2023.
A inadimplência atingiu 2,97%, ante 3,07% em setembro de 2023, sendo um dos menores índices dos últimos sete anos.
A Copasa faz uma revisão do seu plano de investimentos e se prepara para investir pelo menos R$ 3 bilhões ao ano a partir de 2026, montante bem acima dos R$ 1,97 bilhão previstos para serem investidos a cada ano, de 2025 a 2028.
“Muito provavelmente a gente fica acima de R$ 2 bilhões de investimento este ano. Em 2025, provavelmente será um degrau entre os valores de 2024 e 2026”, afirmou Guilherme Duarte de Faria, diretor-presidente da Copasa.
Na avaliação do executivo, a Copasa tem incrementando a sua capacidade operacional de realizar investimentos, o que permite acelerar os aportes. “A companhia tem uma geração de caixa robusta. Além disso, a gente faz emissão de debêntures anualmente e ainda tem um endividamento baixo. É uma companhia que tem margem para se alavancar”, afirmou Duarte.
No terceiro trimestre, a Copasa registrou geração de caixa de R$ 588,9 milhões. A conta caixa e equivalentes de caixa atingiu R$ 843,1 milhões no fim do trimestre.
A dívida líquida da empresa encerrou setembro em R$ 5,15 bilhões, contra R$ 3,44 bilhões no ano anterior. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ficou em 1,8 vez.
O volume de investimentos da Copasa no acumulado de janeiro a setembro somou R$ 1,56 bilhão, 30,7% acima do total aportado em igual período de 2023.
O executivo acrescentou que parte dos investimentos deve ser feito com recursos do caixa e parte virá de novas captações de recursos.
Além disso, a companhia precisa elevar o patamar de investimentos para cumprir as metas de universalização da distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto até 2033. “Queremos deixar a companhia preparada para antecipar as metas de universalização, se for algo que os acionistas queiram”, afirmou Duarte.
O plano revisado de investimentos da Copasa ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração em reunião prevista para dezembro.
Em relação ao quarto trimestre, Duarte disse que a companhia tem perspectivas “muito boas sob a ótica de realização de investimentos”. “A gente vem acelerando um pouco mais a performance nas obras em andamento. Em relação aos resultados financeiros, devem ser tão bons ou melhores que os trimestres anteriores”, afirmou Duarte.