Israel realizou um ataque aéreo com drones no centro de Beirute, nas primeiras horas de segunda-feira (domingo no horário de Brasília), marcando a primeira vez que atingiu a capital libanesa fora dos subúrbios do sul desde o início da guerra e da recente escalada contra o grupo xiita Hezbollah.
O ataque destruiu parte de um prédio de apartamentos e gerou preocupação sobre quais áreas de Beirute ainda eram seguras, já que Israel havia se concentrado em alvos apenas nos subúrbios sul até então, com foco em redutos do Hezbollah e suas lideranças.
Logo em seguida, o Exército israelense informou que sirenes foram ativadas perto da fronteira devido à interceptação bem-sucedida de um “alvo aéreo” que entrou em território israelense a partir do Líbano.
O dia de domingo foi marcado por mais bombardeios israelenses no país, com mais de 100 mortos e 359 feridos em um ataque em Ain al-Delb, no sul do Líbano, e de toda a região de Baalbek-Hermel, no Vale do Bekaa, no leste do país — que também foi alvo de novos ataques durante a madrugada. O grupo xiita, em resposta, lançou foguetes Fadi-1 contra uma base israelense nas Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel.
No total, ao menos 1,7 mil pessoas perderam suas vidas no Líbano nas duas últimas semanas, incluindo dois adolescentes brasileiros.
Israel também atingiu mais cedo alvos dos rebeldes Houthis no Iêmen, após os insurgentes pró-Irã terem reivindicado o lançamento de um míssil contra o aeroporto de Tel Aviv. O projétil teria sido abatido pelas forças israelenses. Foram reportadas quatro mortes e 30 feridos no país árabe.
Também foram registrados novos ataques de Israel na Faixa de Gaza, a um complexo escolar no norte do enclave. Quatro pessoas morreram, informou o Ministério da Saúde local. Israel disse que o local se tornara um centro do Hamas.
