A Light apurou prejuízo de R$ 51,6 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 109,4 milhões apurados um ano antes. A receita líquida da companhia avançou 11,2% no trimestre encerrado em junho, para R$ 3,722 bilhões, contra os R$ 3,346 bilhões verificados em igual período em 2023.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado teve alta de 135,2% no segundo trimestre, para R$ 623,6 milhões.
Segundo a companhia, que divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre nesta quarta-feira (14), os efeitos da evolução dos entendimentos no âmbito da recuperação judicial ainda não estão refletidos no balanço trimestral, pois “a companhia ainda está implementando as ações previstas no plano aprovado pelos credores em maio e homologado pelo juízo da recuperação judicial em junho deste ano”.
Principal fator de perda de caixa da Light, as perdas não técnicas, jargão do setor para o furto de energia, cresceram 9,2 pontos percentuais ao fim do período de 12 meses encerrado em junho, na comparação com igual período no ano passado, ao apurar indicador de 68,5%.
Assim, as perdas não técnicas registradas pela companhia ficaram 29,4 pontos percentuais acima do limite regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é de 39,16%. O limite regulatório significa que a energia furtada até o teto de 39,16% pode ser repassada às tarifas dos demais consumidores. A diferença entre o percentual real e o regulatório não é repassada.
De acordo com a Light, as perdas com furto de energia que não foram reconhecidas na tarifa representaram um impacto negativo de R$ 1,28 bilhão no Ebitda da companhia.