A ClearSale teve prejuízo de R$ 10,8 milhões no segundo trimestre, cerca de cinco vezes maior do que no mesmo período de 2023. Retirando efeitos do programa de incentivo de longo prazo, o prejuízo foi de R$ 100 mil, 95,2% menor do que há um ano.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 10,4 milhões, três vezes pior do que no mesmo período de 2023. Em termos ajustados, o indicador ficou em R$ 300 mil, revertendo resultado de R$ 3,1 milhões negativos.
“Vemos os resultados como positivos, continuando o processo de transformação da companhia que vem sendo realizado nos últimos trimestres”, diz Eduardo Mônaco, diretor-presidente da ClearSale, ao Valor.
O executivo destaca que a carteira de clientes da companhia aumentou 1,4% no ano. A receita bruta de vendas novas somou R$ 17,3 milhões entre abril e junho, alta de 61,8% no ano.
“Esse é o primeiro trimestre onde nós conseguimos tangibilizar a evolução de nossa estratégia, passando de uma empresa que oferece produtos ‘full service’ para um modelo de componentes”, afirma Alexandre Mafra, diretor financeiro.
Os custos da companhia caíram 9,4% no ano, para R$ 68 milhões, gerando uma evolução de 2,1 pontos percentuais na margem bruta, a 42,8%. As despesas caíram 7,4% no ano, para R$ 50,5 milhões, com menor impacto de salários.
O resultado financeiro da ClearSale foi positivo em R$ 8,8 milhões no segundo trimestre, queda de 18,5% na comparação anual. A companhia terminou junho com caixa líquido de R$ 354,4 milhões, redução de 11,8% no ano.
Mônaco acredita que o segundo semestre será de continuidade no processo de transformação da companhia, focando em vendas novas e no controle de caixa e de despesas. “Temos esperança que o cenário macroeconômico vá melhorar. Não será algo espetacular, mas continuaremos o nosso processo de ser uma empresa que cresça com geração de caixa”, pontua.
