A Engie se prepara para o leilão de linhas de transmissão, que deverá ser realizado em setembro. Porém, Eduardo Takamori, diretor financeiro da empresa, destaca o cenário de forte competição das licitações do setor.
Sobre o leilão de reserva de capacidade, voltado à geração elétrica, ele diz que a Engie ainda aguarda os termos da licitação.
“Ainda estamos ansiosos para as condições finais do leilão. Havia naturalmente uma expectativa de que o edital já estivesse público em sua versão final, o que diminui chance de acontecer neste ano. Mas não tem como entrar em detalhes”.
“Pior hidrologia da história”
A situação negativa da hidrologia neste ano pode amenizar o excesso de oferta de energia no país, avalia Eduardo Takamori. “A gente naturalmente vê com preocupação a sobreoferta. É algo estrutural, pela série de subsídios que o governo insiste em manter. Há certa morosidade nesses subsídios. Mas, de forma interessante, a contratação de potência é enxugada pela hidrologia ruim que está acontecendo em 2024”, disse ele.
“Este ano, provavelmente, terá a pior hidrologia da história, ou empatada com 2021, o que pode enxugar a sobrecapacidade do sistema. Pode ter aumento de preço médio e aumento de volatilidade dos preços também”, afirmou o executivo.
A situação beneficia a empresa. “Estamos esperançosos de preços em patamares saudáveis no segundo semestre de 2024. Estamos felizes com situação hidrológica”.
Apesar do cenário ruim, ele diz que os ativos hidrológicos da Engie tiveram uma performance acima da média.
