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Trump ataca Kamala em seu primeiro comício após desistência de Biden e a chama de ‘lunática radical de esquerda’ | Mundo

Redação
por Redação

O ex-presidente Donald Trump realizou nesta quarta-feira, em Charlotte, Carolina do Norte, o seu primeiro comício de campanha desde que o presidente Joe Biden deixou a disputa e a vice-presidente Kamala Harris assumiu seu lugar na corrida, adotando um tom incisivo, chamando-a de “louca” em inúmeras ocasiões e a culpando pelas políticas “desastrosas” do presidente — parte de sua estratégia de campanha para angariar votos entre os independentes e moderados. Trump discursou horas depois de a rival fazer um apelo ao bloco de eleitores mais leais do Partido Democrata, as mulheres negras, em uma reunião com a irmandade Zeta Phi Beta em Indianápolis.

Tratando a democrata por um novo apelido, “Kamala mentirosa” (o anterior, “Kamala risonha”, parece não ter colado entre seu eleitorado), Trump também acusou a adversária de ser a “pior vice-presidente da História dos Estados Unidos”, chamando-a também de “a força motriz ultraliberal por trás de cada catástrofe de Biden”.

“Ela é uma lunática radical de esquerda que destruirá nosso país”, afirmou o ex-presidente e candidato republicano, acrescentando que ela é “pior que Bernie Sanders”, senador independente de Vermont. “Não vamos deixar isso acontecer.”

O republicano também tocou no tema do aborto, um dos assuntos centrais dessas eleições e que foi deixado de lado durante a Convenção Republicana, alegando que Kamala é “a favor da execução de bebês”.

“Ela quer abortos no oitavo e nono mês de gravidez”, disse Trump. “Até o nascimento e mesmo depois do nascimento.”

E sobre outro assunto importante na corrida eleitoral, a imigração, Trump usou o termo “czar da fronteira” para se referir à adversária em várias partes de sua fala.

Dizendo que os chefes do Partido Democrata estavam por trás da decisão de Biden de desistir da corrida, ele também acusou Kamala de encobrir a “incapacidade mental” do presidente. Mais cedo na quarta-feira, a Casa Branca negou ter acobertado qualquer possível piora na saúde de Biden antes de sua decisão de desistir da disputa eleitoral.

E continuando seu esforço para criar uma divisão entre os judeus americanos e o Partido Democrata, Trump também acusou Kamala de ser contra o povo judeu porque ela não compareceu ao discurso de quarta-feira ao Congresso pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Entretanto, Kamala, cujo marido é judeu, deve se encontrar com Netanyahu em privado na quinta-feira.

Parte dessas declarações são um esforço da campanha de Trump para retratar Kamala como “liberal demais” para eleitores independentes ou moderados, além da tentativa de vinculá-la a políticas impopulares do governo Biden.

Desde a reviravolta com a saída de Biden, o ex-presidente se viu forçado a repensar sua estratégia eleitoral, que estava muito centrada em se apresentar como um líder enérgico diante de um Biden em declínio.

Agora, a campanha de Trump tem procurado maneiras de desacelerar o impulso que Kamala obteve com eleitores e doadores depois de rapidamente se tornar a principal candidata democrata (sua candidatura ainda precisa ser oficializada na Convenção Democrata). A estratégia também inclui abrir novas batalhas legais para tentar impedir que a vice acesse os fundos de Biden.

Trump continua percorrendo o país para capitalizar o sucesso da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, que o oficializou como candidato. Na sexta-feira, ele se dirigirá a uma associação de jovens ultraconservadores na Flórida — ele também se encontrará com o primeiro-ministro israelense, em Mar-a-Lago nesse dia. Em seguida, o republicano voará para Minnesota, na região dos Grandes Lagos, para um ato com seu companheiro de chapa, J.D. Vance.

O candidato republicano já se comprometeu a participar de um debate com Kamala, de 59 anos, que ele considera uma rival “mais fácil” de derrotar do que Biden.

As pesquisas desde que a vice-presidente entrou na corrida têm sido bastante variadas, com os dois candidatos disputando ponto a ponto. A mais recente, publicada na terça-feira pela Reuters/Ipsos, dá uma ligeira vantagem à democrata (44% das intenções de voto contra 42%), embora estejam tecnicamente empatados devido à margem de erro de três pontos.

Donald Trump em campanha em Charlotte, Carolina do Norte — Foto: AP Photo/Alex Brandon

Fonte: Externa

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