O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,332 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que representa alta de 10,3% ante o trimestre imediatamente anterior e avanço de 44,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado veio levemente acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 3,240 bilhões.
O lucro societário do Santander ficou em R$ 3,247 bilhões entre abril e junho, com alta de 10,6% na margem e de 51,2% ante igual intervalo do ano anterior.
O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 14,751 bilhões no segundo trimestre, com queda de 0,3% ante o trimestre anterior e avanço de 10,6% em 12 meses.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 5,896 bilhões, com queda de 2,4% ante o trimestre anterior e de 1,4% em 12 meses.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,182 bilhões, com alta de 6,1% no trimestre e de 17,5% em 12 meses. Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,314 bilhões, com aumento de 0,3% no trimestre e de 4,6% em 12 meses.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) — excluindo ágio — ficou em 15,5% no segundo trimestre, ante 14,1% no primeiro trimestre e 11,2% no segundo trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 14,4%, de 14,5% e 13,5%, na mesma base de comparação.
O Santander Brasil informou que sua margem financeira bruta foi de R$ 14,751 bilhões no segundo trimestre, com queda de 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior e avanço de 10,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A margem com clientes foi de R$ 14,493 bilhões, com alta de 0,2% na comparação trimestral e avanço de 3,0% em 12 meses. Dentro dessa linha, a margem com produtos subiu 0,5% no trimestre, a R$ 13,883 bilhões. O spread foi de 9,81%, de 10,01% no primeiro trimestre e 9,99% no segundo trimestre do ano passado.
“A margem de produtos cresce 0,5% em função da margem de crédito, beneficiada pelo aumento no volume, que mais que compensou o menor resultado de margem de captação, dada a queda da Selic no período. No comparativo anual, a margem com clientes subiu 3,0%, também em reflexo do crescimento da carteira, parcialmente compensado pelo menor resultado de captação, dadas as menores taxas de juros”, diz o balanço.
Já a margem de operações com o mercado ficou positiva em R$ 258 milhões, de um resultado positivo de R$ 333 milhões no primeiro trimestre e negativo de R$ 736 milhões no segundo trimestre do ano passado.
Despesas líquidas de PDD
O Santander informou que suas despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 5,896 bilhões no segundo trimestre, com queda de 2,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e recuo de 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O resultado líquido de R$ 5,896 bilhões no trimestre é fruto de despesas de R$ 6,631 bilhões mais um ganho de R$ 735 milhões com recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo.
O custo de crédito do banco ficou em 3,7% no segundo trimestre, de 3,8% no primeiro trimestre e 4,5% no segundo trimestre de 2023. O índice de cobertura subiu para 215%, de 209% e 214%, respectivamente.
O Santander informa que fez uma provisão adicional de R$ 1,930 bilhão no segundo trimestre, mas não diz o motivo. O reforço veio exatamente no mesmo volume de um ganho de R$ 1,930 bilhão que o banco obteve com “parcerias estratégicas”, incluindo a joint venture com a Pluxee (antiga Sodexo) no segundo trimestre deste ano e a venda de participação da Webmotors no segundo trimestre do ano passado.