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Conheça o menor país do mundo em extensão | Mundo

Redação
por Redação

Dentro de Roma, capital da Itália, está localizado o menor país do mundo: o Vaticano, com seu 0,44 km² de território e cerca de 800 residentes permanentes. Para se ter uma ideia, caberiam quase quatro Vaticanos dentro do Complexo Esportivo do Maracanã, no Rio de Janeiro.

O país é ainda menor que a menor cidade brasileira segundo o IBGE, Santa Cruz de Minas, localizada no interior de Minas Gerais, com extensão territorial de 3,565 km².

O Vaticano tem uma estrutura única, diz Fernando Roberto de Freitas Almeida, coordenador de Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Vaticano, o menor país do mundo — Foto: Caleb Miller via Unsplash

“É um país microscópio que, politicamente, tem uma monarquia eletiva e ‘economia comunista’, já que todos são funcionários do Estado”, resume.

Os 10 menores países do mundo

País Extensão territorial
1. Vaticano 0,44 km²
2. Mônaco 2,02 km²
3. Nauru 21,3 km²
4. Tuvalu 30 km²
5. San Marino 61 km²
6. Liechtenstein 160 km²
7. Ilhas Marshall 181,4 km²
8. São Cristóvão e Névis 269 km²
9. Ilhas Maldivas 298 km²
10. Malta 316 km²

Oficialmente Santa Sé (Estado da Cidade do Vaticano), o Estado nasceu da disputa entre o Reino da Itália e os Estados Papais, que governavam partes da península italiana até meados do século XIX, de acordo com o “The World Factbook”, livro digital da Central Intelligence Agency (CIA, na sigla em inglês) dos EUA.

O conflito foi finalizado em 1929, com a assinatura do Tratado de Latrão, pelo papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini, que previa o Vaticano como um estado independente e o recebimento de uma indenização pela perda do seu território durante a unificação alemã.

Em contrapartida, a Igreja Católica teve que abrir mão das terras conquistadas na Idade Média e também reconheceu Roma como a capital da Itália.

Sendo oficialmente um Estado, há representações diplomáticas espalhadas pelo mundo. No Brasil, se trata da Nunciatura Apostólica da Santa Sé, fixada em Brasília.

A cidade-estado europeia tem como seu habitante mais famoso o Papa Francisco, atual soberano do Vaticano. É ele quem desempenha a função de chefe de Estado do pequeno país, concentrando todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em si — e não recebendo salário por isso.

Papa Francisco — Foto: Andrew Medichini/AP
Papa Francisco — Foto: Andrew Medichini/AP

Doações, alugueis e turismo

Por lá, a moeda corrente é o euro, mas a versão física é personalizada com características próprias, como efígies de papas e o emblema da Câmara Apostólica. O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Vaticano, não é uma informação pública.

A economia é baseada majoritariamente na captação de doações pelas igrejas subordinadas ao Vaticano em todo o mundo. Esses recursos são principalmente usados para manutenção de estrutura, além de custear programas sociais desenvolvidos pela Igreja em outros países.

“Essa prática [de arrecadação] para manter a Igreja começou no século 18. É uma contribuição individual voluntária, o Óbolo de São Pedro”, explica Almeida.

O número de católicos espalhados pelo mundo era de 1,3 bilhão no fim de 2021, segundo o “Anuário Estatístico da Igreja” mais recente.

Há também o valor arrecadado com turismo, através de entradas em museus, visitas guiadas, selos e moedas e venda de publicações.

Mas não é só. Em 2021, pela primeira vez, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica publicou documentos que mostram que o Vaticano possuía 4.051 imóveis na Itália, além de outros 1.120 espalhados por Londres, Paris, Genebra e Lausanne. Desses imóveis, 40% são prédios institucionais, como escolas, hospitais ou conventos.

O dinheiro arrecadado com aluguéis (14%), segundo o documento, vai para fundos de caridade e a manutenção do Vaticano. Os 86% restantes vão para escritórios ou abrigam cardeais e funcionários da Santa Sé.

Em “The Finances Behind Vatican City”, artigo do “Michigan Journal Of Economics”, de 2022, aponta que os segredos do Vaticano estão sendo lentamente revelados desde a eleição do Papa Francisco em 2013, à medida que o sacerdote “luta pela transparência pública para acalmar os muitos escândalos que cercam a Igreja”.

No entanto, o ideal de transparência em relação à economia da Santa Fé não foi alcançado, já que ” inúmeras questões continuam sem resposta, e o segredo do Vaticano continua a deixar os católicos no escuro”.

Fonte: Externa

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