O Supremo Tribunal Federal ( STF) prorrogou, neste domingo (26), a validade das cotas raciais em concursos públicos, até que o Congresso aprove e o governo sancione novas regras sobre o tema.
Caso não fosse prorrogada, a segurança jurídica de concursos que preveem cotas raciais poderia ser colocada em risco, incluindo o Concurso Nacional Unificado que será aplicado em agosto.
Diante disso, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e a Rede Sustentabilidade apresentaram ação em que pedem pela manutenção de cotas para candidatos negros em concursos públicos. Na ação, os partidos alegam que não houve a efetiva inclusão social almejada pela política.
Em determinação publicada neste domingo, o relator do caso, ministro Flávio Dino, decidiu que a lei atual continua a produzir seus efeitos enquanto o Projeto de Lei (PL) nº 1.958/2021, que trata sobre o tema, estiver tramitando no Congresso Nacional.
Reserva de vagas sobe de 20% para 30%
O Plenário do Senado aprovou o PL na última quarta-feira (22). O texto do projeto prevê a prorrogação por 10 anos das cotas para negros, quilombolas e indígenas em concursos públicos federais.
Além do prazo, a proposta ainda amplia a reserva de vagas de 20% previstos atualmente para 30%. O texto segue para votação na Câmara dos Deputados.